domingo, 31 de janeiro de 2016

Pesquisadores questionam surto de microcefalia

Uma reportagem publicada nesta quinta-feira no site da revista científica Nature destacou um levantamento no qual pesquisadores do grupo de estudos latino-americano ECLAMC (Estudo Colaborativo de Malformações Congênitas) questionam o surto de microcefalia no Brasil. De acordo com os pesquisadores Ieda Maria Orioli, que é professora UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e Jorge Lopez-Camelo, o aumento de casos da doença poderia ser atribuído ao fato de ter crescido a procura por problemas de nascença, como a microcefalia, e também por diagnósticos errados. Segundo os pesquisadores afirmaram à publicação, pelos dados epidemiológicos que eles analisaram, é impossível estabelecer o tamanho real do surto de microcefalia. A visão deles é contestada por outros especialistas, pelo governo e por órgãos internacionais. Para chegar às suas conclusões, eles cruzaram dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos com seus próprios dados, que são coletados desde 1967. De acordo com Orioli e Lopez-Camelo, a média histórica da prevalência de microcefalia no Brasil é de 2 casos a cada 10 mil nascimentos. Eles calcularam que, por exemplo, o número máximo de casos esperados em Pernambuco em 2015 era de cerca de 45. No entanto, o Estado reportou 26 vezes mais suspeitas.

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