Agência Brasil – Em 41,5% dos 67 milhões
de lares existentes em 2014 no Brasil, pelo menos um morador havia
tentado acessar o Cadastro Único para ter acesso a programas sociais do
governo federal, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Em ¼
desses domicílios permanentes, o morador havia sido entrevistado para o
cadastro, pré-requisito para acessar os benefícios. A regiões norte e
nordeste registraram os maiores percentuais de tentativas de acesso
(61,9%) e entrevistas (43,7%).
As informações fazem parte do suplemento
Acesso ao Cadastro Único e a Programas de Inclusão Produtiva, da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a analista
da pesquisa Alessandra Scalioni Brito, embora esse seja o primeiro
estudo sobre o tema feito com dados da Pnad, os números sugerem que o
Cadastro Único está bem disseminado.
“[O cenário] está mostrando que o
Cadastro Único está se universalizando para ser um banco de dados do
governo como porta de entrada para políticas públicas como o Pronatec
[Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego], o Minha Casa
Minha Vida, não apenas o Bolsa Família, que é o que a maioria mais
conhece.”
Segundo Alessandra, a principal
contribuição do suplemento será apontar as regiões onde o público-alvo
do Cadastro Único não está sendo beneficiado. “É importante tapar os
gargalos de benefícios que talvez não cheguem, porque a pessoa não
conhece o cadastro ou programa social. Vai ajudar a melhor disseminar a
informação para essas pessoas que realmente precisam possam buscar o
cadastro e se tornar beneficiárias dos programas.”
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