O deputado estadual Nélter Queiroz
(PMDB) usou o horário destinado às lideranças para falar sobre as
dificuldades dos produtores rurais do Vale do Açu que estão sofrendo
devido ao rodízio de água na região. Em sua fala, criticou os R$ 22
milhões anuais, de auxílio moradia, pagos pelo Tribunal de Justiça e
Ministério Público no estado do RN aos juízes e desembargadores,
enquanto agricultores não conseguem recursos para furar e instalar
poços no interior.
“Recebi, na semana passada,
16 pequenos produtores do Vale do Açu que estão sendo cobrados por uma
dívida contraída para o auxílio do plantio de bananas, mas estão sem
condições de honrar essas dívidas. Eles foram proibidos de usar água
para irrigação, além de três noites, segundo a determinação da Agência
Nacional das Águas. Fomos pleitear uma máquina para que se conseguisse
perfurar 10 poços e a resposta foi que só tinha condições de fazer isso
no mês de fevereiro”, destacou.
O parlamentar calculou que o valor pago
em auxílio moradia é suficiente para perfuração de 700 poços e sugeriu a
suspensão, para 2016, desse benefício. “O governo diz que
não tem dinheiro para gastar com poços tubulares, mas a gente observa um
gasto de R$ 22 milhões com pessoas que já tem condições financeiras
mais confortáveis. Eu sei que isso é legal, mas é uma legalidade que
deveria ser suspensa”,afirma.
Os deputados Hermano Morais (PMDB) e
Fernando Mineiro (PT) colaboraram com o pronunciamento concordando com a
necessidade de investir em alternativas para amenizar o sofrimento das
populações que sofrem com os efeitos da estiagem prolongada. Por fim,
Nélter Queiroz pediu ao presidente da Assembleia, deputado Ezequiel
Ferreira (PMDB), a continuidade do trabalho pela dispensa das dívidas
contraídas pelos pequenos e médios agricultores. “O
endividamento rural está muito alto. Eles não têm condições de pagar em
virtude da seca, inflação e todo o contexto. Pedimos então que o
deputado Ezequiel continue o seu trabalho para que consigamos auxiliar
os pequenos e médios agricultores”, finalizou.
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